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Artigos Técnicos

Condição ideal de superfície cimentícia

Especificação BP - 011- P Edição 01/97
INTRODUÇÃO

A aplicação de revestimentos em geral sobre substratos cimentícios requer condições básicas em relação ao estado geral da base a ser revestida, visto que o desempenho do revestimento está diretamente ligado a qualidade da base. Tais condições são recomendadas visando proporcionar à aplicação e por conseguinte, ao revestimento final, propriedades funcionais plenas e acabamento dentro do padrão de qualidade exigido.

CONDIÇÕES IDEAIS

A . ESTADO DO SUBSTRATO EXISTENTE
O substrato deverá estar seco, limpo, isento de nata de cimento e óleos, ou particulas soltas. Seu
acabamento deverá ser totalmente regular, sendo limitado até 2 mm saliências ou irregularidades.

B. EXECUÇÃO DE CONTRAPISOS NOVOS OU BASES NOVAS
Recomenda-se a execução da etapa final de contrapisos com cimento e areia no traço 1:3, e acabamento com desempenadeira de madeira propiciando aspecto “áspero”, similar a preparação para carpete. No caso de contrapisos e/ou lajes executadas em concreto, recomenda-se o acabamento final com equipamento mecânico alisador, sem o polvilhamento de cimento. Não deverá ser utilizada cal na argamassa. Para utilização de aditivos de concreto, consultar nosso departamento técnico.

C. JUNTAS
O projeto de juntas do revestimento deverá ser elaborado a partir do projeto estrutural da base, devendo ser indicadas as juntas passíveis de movimentação durante a utilização da área, isto é, onde existem juntas de trabalho que continuam em movimentação ou juntas de dilatação, deverão ser mantidas as juntas no revestimento. As juntas secas deverão prever a utilização de barra de transferência e transição (engastadas de ambos os lados) e dentro do possível, serem evitadas.

D. CAIMENTO
Indica-se o caimento mínimo de 1,5% para a garantia de um perfeito escoamento, devendo este ser
efetuado na etapa de construção do substrato,

E. RESISTÊNCIA A COMPRESSÃO
O substrato deverá resistir no mínimo a 200 Kgf/cm2 , sendo sua resistência definida conforme ação de cargas permanentes e variáveis. Não poderão ocorrer partes ocas, trincas ou partes fracas, com o desagregamento de partículas. A interface do contrapiso com o concreto estrutural deverá ser plena, sem falhas de aderência.

F. UMIDADE
Umidade proveniente de vazamentos ou água de lavagem poderão ser minimizadas e/ou eliminadas
através do aquecimento do ambiente e substrato. Deverá ser inferior a 3% indicado em aparelho medidor de umidade.

G. CURA
Prazo de cura a ser obedecido em substratos novos deverá ser o que garanta a condição mínima
estabelecida no item F(3% de umidade). Não recomenda-se a execução de métodos aceleradores de cura após o substrato ser executado, devendo-se obedecer todo o processo de molhagem nos primeiros dias de cura.

H. UMIDADE ASCENDENTE
Substratos que apresentam umidade ascendente não devem ser revestidos.

I. TESTE HIDROSTÁTICO
Em tanques e reservatórios de concreto deverá ser feito teste de estanqueidade anterior a aplicação do revestimento. Tal teste deverá constatar a estanqueidade e possibilitar o primeiro trabalho estrutural. Caso constate-se vazamentos, estes deverão ser reparados antes da aplicação do revestimento.

CONDIÇÕES FINAIS
As condições listadas acima deverão seguir como base orientativa na execução e análise de adequabilidade do substrato cimentício para receber o revestimento. Qualquer situação diferenciada deverá ser previamente informada a READE para análise técnica.